quarta-feira, 25 de julho de 2007

... E a borboleta voou castelo adentro!

Resumo do Cenário

Quando agosto chegar, o coração da escritora Socorro Acioli estará batendo samba e valsa, dividido entre dois países: o tum-tum brasileiro com o zum-zum dos volteios alemães. A autora de livros para crianças cearense recebeu uma bolsa de estudos, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, para estagiar e desenvolver pesquisas na féerica Biblioteca Internacional da Juventude de Munique. Os outros bolsistas selecionados para o estágio em 2007 foram Niloofar Naser (Irã), Sunny Kim (Coréia) e David Marquzes (Venezuela).

Com a proposta de pequisa Monteiro Lobato: o mundo de portas abertas, Socorro Acioli seguirá para uma temporada de dois meses em Munique, em meados de agosto. Por entre as estantes de livros do castelo, pretende investigar a presença do grande autor brasileiro no exterior, através das traduções de sua obra, bem como os reflexos da literatura infantil inglesa e italiana em Lobato. Ao despedir-se dos amigos, Socorro promete novidades que pretende transformar em artigos e novos livros. Para acompanhar a viagem, basta acessar o blog da autora que, originalmente, chamado As Borboletas de Fevereiro, agora se apresenta como Februar's Schmetterlinge.

Foto: Socorro Acioli e duas leitoras de Peixinho de pedra (Ed.Demócrito Rocha), durante o 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Rio de Janeiro, 26 de maio de 2007. Do site da autora.


Um castelo cheio de livros

Responsável pela apresentação do prestigiado catálogo White Ravens, a Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, ou Internacionale JungendBibliothek München, conta com um acervo de 520.00 livros em mais de 100 idiomas, além de publicações especializadas em literatura infantil e juvenil de diversos países. Funciona hoje sob os idílicos telhadinhos vermelhos do Castelo de Blutenburg, construído em 1430 pelo Duque Albrecht III e doado pelo governo alemão, em 1983, à biblioteca. Sua fundadora, Jella Lepman (também co-fundadora do IBBY, ao lado do austríaco Richard Bamberger), imediatamente ao término da Segunda Guerra Mundial, iniciou um trabalho de ajudar a cuidar de meninas e meninos órfãos. Sensibilizada com a situação das crianças, Jella Lepman concluiu que a única maneira de evitar nova tragédia, como a guerra, seria fazer com que os povos aprendessem a respeitar uns aos outros desde a infância. Para Jella Lepman, a literatura infanto juvenil poderia ser o caminho. A partir disso, começou a pedir doações de livros a editoras no mundo inteiro.

Foto: Munich Today
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